domingo, 2 de junho de 2013

Infarto Agudo do Miocárdio

           O infarto agudo do miocárdio é um quadro clínico de doença isquêmica do coração. A isquemia do miocárdio ocorre quando o fluxo de sangue é insuficiente para nutrir e oxigenar o músculo cardíaco. Portanto, o coração recebe menos nutrientes e oxigênio do que precisa para exercer sua função contrátil, o que resulta em morte das células cardíacas.
          Essa diminuição do fluxo sanguíneo ocorre na grande maioria dos casos por obstrução das artérias coronárias, responsáveis por nutrir o coração. As principais causas de obstrução são formação de placas de gordura na luz do vaso sanguíneo (aterosclerose) e formação de coágulos (trombos).
         O miocárdio não possui capacidade regenerativa, logo a área que sofreu infarto sofre processo de cicatrização com formação de tecido conjuntivo fibroso, que não é capaz de exercer função contrátil. Portanto, na porção cardíaca que sofreu infarto ocorre perda de função, podendo levar a insuficiência cardíaca.
         Outras consequências e complicações do infarto são abaulamento e adelgaçamento da parede do coração (aneurisma cardíaco); edema pulmonar agudo; choque cardiogênico; trombose intracavitária; arritmias cardíacas; alteração de valvas cardíacas por ruptura dos músculos papilares que conferem suporte a elas; rompimento da parede do coração, podendo levar ao tamponamento cardíaco e morte súbita.
          Os principais fatores de risco dessa doença são, além da predisposição genética, hábito de fumar, hipertensão arterial, diabetes, excesso de colesterol e triglicérides na corrente sanguínea, ansiedade, estresse, alimentação rica em gordura animal e sedentarismo.

          A manifestação clínica clássica do infarto do miocárdio é dor no peito do tipo aperto, pontada ou queimação, podendo irradiar para o braço esquerdo, pescoço ou abdome. O paciente pode apresentar ainda palidez, mal-estar geral, dificuldade para respirar e taquicardia. O diagnóstico é efeito com base nos sinais e sintomas apresentados pelo paciente, nas alterações do eletrocardiograma e na elevação de proteínas das células musculares cardíacas no sangue, que alcançam a corrente sanguínea após a destruição celular. A evolução do paciente com infarto agudo do miocárdio depende da extensão da lesão e da rapidez do atendimento. 

Figura1. Obstrução da artéria coronária, ocasionado lesão no tecido cardíaco (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/infarto-agudo-do-miocardio/infarto-agudo-do-miocardio-13.php)


Figura 2. Corte transversal do coração a altura dos ventrículos. Nota-se área de infarto do miocárdio, delimitada por setas cinzas. As setas brancas indicam áreas nas quais houve ruptura ventricular na região necrótica. VD – Ventrículo direito e VE – Ventrículo esquerdo (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005001500014)


Figura 3. Infarto da parede posterior do ventrículo esquerdo, evidenciando rupturas na parede do coração. (http://anatpat.unicamp.br/pecascard16.html)


AB
 Figura 4. Aspecto microscópico do miocárdio, evidenciando tecido normal (A) e tecido que sofreu infarto, com morte celular caracterizada por perda de núcleos pelas células  (B). (http://anatpat.unicamp.br/lamcard8.html)

Necrose

          É o termo utilizado para indicar a morte da célula em seres vivos, seguida de autólise. A autólise é o processo de degradação celular por enzimas dos lisossomos da própria célula.
          Quando a célula sofre algum tipo de agressão que seja suficiente para interromper suas funções vitais, as organelas chamadas lisossomos perdem a capacidade de conter em seu interior enzimas responsáveis pela digestão, quebra de moléculas. Dessa forma, as enzimas lisossômicas caem no citoplasma celular e começam a degradar componentes da própria célula.

http://salabioquimica.blogspot.com.br/2010/06/morte-celular-apoptose-x-necrose.html
     


http://www.bombeirosemergencia.com.br/picadadecobra.html